segunda-feira, 29 de abril de 2013

Marketing de Guerrilha



O Marketing de Guerrilha, é uma nova técnica de comunicação que requer uma boa dose de originalidade, caracterizando-se essencialmente pela inesperada forma de interacção com os consumidores e pelo impacto surpresa que tem junto dos mesmos, tendo a “agradável” particularidade de não ser necessário despender muito dinheiro, o que é um factor de peso para as empresas financeiramente menos avantajadas.

Naturalmente, este tipo de marketing apresenta vantagens.
Desde logo, o facto de não “consumir” budjets elevados, permitindo que as agências e clientes corram mais riscos na sua comunicação. O risco associado é menor do que nas, bem mais caras, tradicionais formas de comunicação.
Outra das vantagens tem a ver com o impacto que normalmente as suas acções têm, gerando o efeito passa-a-palavra, podendo também despertar a atenção dos media e consecutiva cobertura gratuita.

No entanto, também apresenta desvantagens.
Este tipo de marketing tem a peculiaridade de despertar interesse, curiosidade e grandes doses de entusiasmo junto dos consumidores, levando os mesmos a criarem expectativas elevadas que podem não ver satisfeitas aquando da compra ou contacto com o produto ou serviço. Os consumidores podem sentir-se enganados e neste caso, o efeito passa-a-palavra pode ser devastador.
O Marketing de Guerrilha também é caracterizado pela realização de acções muito mais localizadas, pelo que não se podem esperar os mesmos resultados de uma comunicação mass market.

Vídeo Marketing de Guerrilha Social
Programa CRIATIVAR S01EP02

Entrevista André Rabanea
Fonte: Marketing Portugal (http://mktportugal.com/blog/?p=1787)

Entrevistador Pedro Garcia
Certamente que a maioria dos profissionais ou entusiastas de Marketing já ouviram falar em Marketing de Guerrilha. Contudo nem todos conseguem caracterizar o que realmente é a Guerrilha, sendo para muitos  uma tendência a seguir e para outros  apenas uma moda ou uma ferramenta  utilizada quase em exclusivo por pequenas empresas com recursos muito limitados.
Assim lançámos o desafio ao André Rabanea para nos falar um pouco de Marketing de Guerrilha.
O André Rabanea é especialista em Marketing de Guerrilha, CEO e fundador da primeira Agência de Guerrilha em Portugal: a Torke.
Actualmente a Torke já conta com 5 anos de actividade e recentemente o seu posicionamento foi reajustado, trazendo com ele um novo conceito (Boutique Guerrilla Agency) e uma nova forma de se assumir perante o mercado:
Marketing Portugal – O que é o Marketing de Guerrilha?
André Rabanea - Hoje já nem sei mais como definir. Em 1982 Jay Conrad achava uma coisa, em 2005 eu achava isso: O marketing de guerrilha é uma forma de envolver os consumidores com a marca. Não através da imposição mas através da conquista. É um conjunto de estratégias diferenciadas e inovadoras cujo objectivo é surpreender, pelo inesperado e pelo barulho, pela emoção, pela ousadia e pela agilidade e que, por isso mesmo, conquistam e seduzem os consumidores. Disto são exemplos estratégias como o marketing viral, ambush marketing, intervenções urbanas e performances, marketing invisível, blog marketing, PR stunts, etc….O mercado muda o conceito não pode ficar parado. Se é um conceito inovador não podemos mantê-lo intocável.
Marketing Portugal – Até há bem pouco tempo existia a percepção de que o Marketing de Guerrilha era apenas uma ferramenta utilizada por PME’s. Actualmente já começa a ser perceptível a importância do mesmo como parte integrante do Marketing Mix das empresas, será que esta tendência será para manter?
André Rabanea - Com certeza. Hoje os maiores clientes utilizam marketing de guerrilha.
Marketing Portugal – O que achas do “estado” do Marketing de Guerrilha em Portugal? É difícil realizar acções de Marketing de Guerrilha em Portugal?
André Rabanea - Acho bom! Não estamos atrás em termos de criatividade de outros países  e várias empresas já começam o fazer, algumas mais criativas qeu outras, algumas com mais experiência que outras, mas é um bom indicativo tantas empresas começarem a pedir e nascer novas agências nesta área.
Não é difícil, só depende do cliente.
Marketing Portugal – Quando falamos em Marketing de Guerrilha pensamos na expressão “desafiar os limites”.Até aonde vão esses limites e de que forma são eles controlados?
André Rabanea - Limite ta do lado do cliente, nunca do nosso. Pensávamos fora da caixa a 5 anos atrás…hoje nem sabemos onde está a tal da caixa.
Marketing Portugal – Actualmente ainda existe quem desconfie da utilização do Marketing de Guerrilha, consideras que é possível realizar Guerrilha em todos os modelos de negócio?
André Rabanea - Estamos a fazer para o ActivoBank.
Marketing Portugal – Quando os clientes pretendem realizar uma acção de Marketing de Guerrilha sabem o que os espera?
André Rabanea - Não sei, as vezes pedem sem saber o que pode aparecer. Os melhores clientes são os que já tem uma noção básica da guerrilha e do nosso portefólio  pois sabe do potencial que tem. As vezes o problema é que alguns clientes fazem uma acção de distribuição de flyer no metro, a agência chama isso de guerrilha e o cliente nunca mais vai querer fazer guerrilha. Ou pensa que guerrilha é sujar as ruas ou fazer malabares no semáforo.
Marketing Portugal – Qual foi o projecto que mais o marcou?
André Rabanea - Ixii, tem vários. Vários momentos importantes. Cases da Fox, Optimus e Peugeot foram os maiores e mais importantes destes 5 anos. Mas claro que os nosso próprios cases são marcantes, como a menor árvore da Europa, a invasão nas agências e o croquette awards.
Marketing Portugal – Qual a empresa ou marca para a qual gostarias de realizar uma acção de Marketing de Guerrilha?
André Rabanea - As marcas que tínhamos interesse já batemos a porta e já fizemos algo, não ia aguentar quieto. Mas queria que a Lego tivesse em Portugal e que a Mini apostasse em guerrilha como aposta lá fora.
Marketing Portugal – Por fim, como caracterizas o Marketing de Guerrilha numa única palavra?
André Rabanea - Disrupção criativa!
Exemplos de Campanhas realizadas peta agência Torke
Grupo 11

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