quinta-feira, 11 de abril de 2013

Meras Crianças ou ... Meio de Publicidade “mais rápido”?

Todos nós sabemos que as crianças têm direitos, um deles, tal como enuncia a Declaração Universal dos Direitos das Crianças é: “ Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho - Não se deverá permitir que a criança trabalhe antes de uma idade mínima adequada; em caso algum será permitido que a criança se dedique, ou a ela se imponha, qualquer ocupação ou emprego (…).”

 

Mas ultimamente temos assistido a inúmeros anúncios em que as crianças são utilizadas como formas de publicidade. Isso não é trabalho infantil?
O código da publicidade estipula que: “os menores só podem ser intervenientes principais nas mensagens publicitárias em que se verifique existir uma relação directa entre eles e o produto ou serviço veiculado”.
O certo é que, tal como disse Paulo Morais na Rádio Renascença: “as campanhas publicitárias que recorrem à imagem de crianças para vender produtos que nada têm de infantil ou juvenil são recorrentes em Portugal. Recorrentes e ilegais.”
É possível verificar a existência de anúncios da Coca-cola, do Continente, da EDP  e do Intermarché com crianças, sendo que apenas o do Continente se destina a brinquedos e, portanto, seja, pelas normas do código da publicidade, legal. Mas é mesmo?
 


Verifica-se aqui a existência de um contra-senso entre os direitos das crianças e o código de publicidade. Se as crianças não podem trabalhar sem ter uma idade mínima e se não podem ter um emprego ou uma ocupação, um anúncio que se dirija a elas deixa de ser trabalho? Deixa de ser uma ocupação? Não será tudo isto gerido com base em interesses?


Porque se já existiram denúncias e processos, sendo o mais recente a um anúncio a umas férias no Algarve, porque é que a EDP, por exemplo, nunca foi processada, se o seu anúncio já é bastante conhecido? Porque é um monopólio? Porque não convém?
Crianças, é de crianças que falamos e são elas que devem ser protegidas. Não pode, simplesmente, usar-se tudo em prol de um objectivo, neste caso, vendas e prestações de serviços.



Qualquer um de nós, ao assistir a uma publicidade em que existam crianças damos outra atenção a essa mesma publicidade. Porque acabamos por derreter-nos com essa imagem. As crianças estão então, a significar para as empresas, um meio de publicidade, uma forma de chegar aos consumidores, mais rápido. 
A que custo querem as empresas chegar aos consumidores? Até que ponto o nosso Governo vai continuar a permitir que se faça tudo para tentar recuperar a economia do país? Estamos nós na Era do vale tudo?






Fontes:




Grupo 4


1 comentário:

  1. O tema explícito ilustra seguramente, de que forma a publicidade persuade para atingir o seu público-alvo.

    As crianças são muito vulneráveis às estratégias comerciais de marketing, sucedendo assim o desejo nas crianças em querem produtos que lhes atraem, quer seja pela imagem, música ou até mesmo pelas suas personagens favoritas é o caso dado “o mundo dos brinquedos – Continente”.

    No anúncio, do Intermarché - “Frango=Porco” idealiza nas crianças uma posição de um consumidor adulto, pela particularidade de conseguir relacionar os preços entre os produtos, tal como os consumidores devem seguir. E seguidamente, a publicidade da EDP “Pela energia do amanhã” qual pretende transmitir que a “EDP é mais do que energia, é vida" e o anúncio da Coca-Cola – “ Estás Aqui para ser feliz”, qual pretendem projectar a sua imagem de sucesso, perante todos os públicos-alvo e assegurar a sua continuidade.

    De um modo geral, tal como refere o grupo, “As crianças estão então, a significar para as empresas, um meio de publicidade, uma forma de chegar aos consumidores, mais rápido.”

    Esta medidas, por parte das empresas têm sido muito abordadas, de forma negativa, no concebe também aos direitos da criança. Uma vez que, as empresas como se pode ver pela visualização dos vídeos, que estão sujeitas a um trabalho. Tal como é defendido, pelo grupo, as crianças devem ser exactamente isso, crianças, e não devem ter responsabilidades de adultos, nem serem alvo de publicidades.

    E, por fim, pode-se dizer que o grupo ao sugerir este assunto recorre a perguntas retóricas para conceber assim, uma reflexão quer nós enquanto consumidores, quer até mesmo as empresas. Fazemos, assim, um balanço positivo, desta elaboração interessante por parte deste grupo.


    Grupo 5

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